sábado, 28 de maio de 2011

LAMPARINA


Na antiguidade o homem só utilizava a luz do sol e da lua como meio de claridade. Ao longo da evolução humana a descoberta do fogo representou um grande marco, onde além de possibilidade o cozimento de alimentos foi possível também realizar a iluminação de locais fechados.

Com o fogo o homem inventou objetos para poder locomove-lo e um exemplo disso foi a lamparina, que servia como iluminação à base de fogo, sendo alimentado por querosene ou óleo,sebo de gado ou ovelha.

sábado, 9 de abril de 2011

HISTORIA DO CHARQUE




Antigamente, o atual território do Rio Grande do Sul era habitado pelos índios, os guaranis, que viviam da caça e da pesca. Ocupavam as margens da lagoa dos Patos, o litoral norte e as bacias dos rios Jacuí e Ibicuí incluindo a região noroeste; os pampeanos, que ocupavam a região sul e sudoeste e os gês, talvez os mais antigos habitantes no lado oriental do rio Uruguai. Como tentativa de retirar os índios da mata para poder catequizá-los, os jesuítas introduziram no Estado o gado. Os índios passaram então a tomar conta do rebanho, que era criado solto, e comer sua carne tendo sempre farta comida a sua disposição e em troca aprendiam com os jesuítas a cultura européia e construíam casas, surgiram assim as Missões.
Com a entrada dos tropeiros de São Paulo e Minas Gerais no Sul, os índios foram caçados e levados como escravos e os jesuítas voltaram para a Europa. O gado, como era criado solto, continuou a se reproduzir e se espalhar pelo sul do continente, pois não havia um predador para caçá-lo.
Quando os tropeiros voltaram para o Rio Grande do Sul havia milhares desses animais, o gado selvagem. Começaram, então, a matá-los para extrair-lhes o couro crú, que era levado e vendido nos outros Estados. Para conservarem a carne que sobrava e a usarem como alimento em suas longas viagens, os tropeiros começaram a conservá-la rolando-a em sal grosso para desidratá-la, surgindo assim, o charque.

quinta-feira, 31 de março de 2011

ARMAMENTO DOS LANCEIROS NEGROS


Excelentes combatentes de Cavalaria, entregavam-se ao combate com grande denodo, por saberem, como verdadeiros filhos da liberdade, que esta, para si, seus irmãos de cor e libertadores, estaria em jogo em cada combate. Manejam como grande habilidade suas armas prediletas - as lanças. Estas, por eles usadas mais longas do que o comum. Combinada esta característica, com instrução para o combate e disposição para a luta, foram usados como tropas de choque, uso hoje reservado às formações de blindados. Por tudo isto infundiram grande terror aos adversários. Eram armados também com adaga ou facão e, em certos casos, algumas armas de fogo em determinadas ocasiões.
Como lanceiros não utilizavam escudos de proteção, mas sim seus grosseiros ponchos de lã - bicharás, que serviram-lhes de cama, cobertor e proteção do frio e da chuva. Quando em combate a cavalo, enrolado no braço esquerdo, o poncho (bichará) servia-lhes para amortecer ou desviar um golpe de lança ou espada. No corpo a corpo desmontado, servia para aparar ou desviar um golpe de adaga ou espada em cuja esgrima eram habilíssimos, em decorrência da prática continuada do jogo do talho, nome dado pelo gaúcho à esgrima simulada com faca, adaga ou facão.
Alguns poucos eram hábeis no uso das boleadeiras como arma de guerra, principalmente para abater o inimigo longe do alcance de sua lança, quer em fuga, quer manobrando para obter melhor posição tática.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Contam os índios que foi assim que nasceu o pássaro joão-de-barro.


Segundo a lenda, há muito tempo, numa tribo do sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza. Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento.

O pai dela então perguntou:
- Que provas podes dar de sua força para pretender a mão da moça mais formosa da tribo?
- As provas do meu amor! - respondeu o jovem Jaebé.
O velho gostou da resposta, mas achou o jovem atrevido, então disse:
- O último pretendente de minha fila falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia.
- Pois eu digo que ficarei nove dias em jejum e não morrerei.


Toda a tribo se admirou com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse início à prova. Então, enrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para que ele não saísse nem fosse alimentado. A jovem apaixonada chorava e implorava à deusa Lua que o mantivesse vivo. O tempo foi passando e certa manhã, a filha pediu ao pai:
- Já se passaram cinco dias. Não o deixe morrer.


E o velho respondeu:
- Ele é arrogante, falou nas forças do amor. Vamos ver o que acontece.


Esperou então até a última hora do novo dia, então ordenou:
- Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé.


Quando abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seus olhos brilharam, seu sorriso tinha uma luz mágica. Sua pele estava limpa e tinha cheiro de perfume de amêndoas. Todos se admiraram e ficaram mais admirados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro enquanto seu corpo, aos poucos, se transformava num corpo de pássaro!


E foi naquele exato momento que os raios do luar tocaram a jovem apaixonada, que também se viu transformada em um pássaro. E, então, ela saiu voando atrás de Jaebé, que a chamava para a floresta onde desapareceram para sempre.


Podemos constatar a prova do grande amor que uniu esses dois jovens no cuidado com que o joão-de-barro constrói sua casa e protege os filhotes. Os homens admiram o pássaro joão-de-barro porque se lembram da força de Jaebé, uma força que nasceu do amor e foi maior que a morte.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O MASCATE




Embora o vocábulo não seja utilizado em Portugal com o mesmo significado, o nome "mascate" ficou sempre associado à imigração árabe no Brasil, resultante do grande contingente de imigrantes proveniente do Líbano e da Síria[3] que se dedicaram a esta actividade. Em menor número chegaram também ao Brasil imigrantes de outros pontos do antigo Império Otomano, como Turquia,Palestina, Egito, Jordânia e Iraque. Como tinham sotaque eram nomeados “turcos da prestação”, pois naquela época o Império Turco-Otomano controlava boa parte do Oriente Médio. como os imigrantes destes países vinham com a nacionalidade turca em seus documentos, ficaram conhecidos popularmente por este nome.
 A mascateação introduziu inovações que, hoje são traços marcantes do comércio popular, como as práticas da alta rotatividade e alta quantidade de mercadorias vendidas, das promoções e das liquidações. Inicialmente os mascates visitavam as cidades interior e as fazendas, estancias, levando apenas miudezas e bijuterias. Com o tempo e o aumento do capital, começaram também a oferecer tecidos, roupas prontas e outros artigos.

terça-feira, 15 de março de 2011

ANDANÇAS: LENDA DA ERVA MATE

ANDANÇAS: LENDA DA ERVA MATE: "Conta a história que a árvore de onde se colhe a folha para produzir o chimarrão, surgiu no mundo depois de um pedido feito a Tupã, o gra..."

LENDA DA ERVA MATE




Conta a história que a árvore de onde se colhe a folha para produzir o chimarrão, surgiu no mundo depois de um pedido feito a Tupã, o grande deus indígena. No meio das coxilhas vivia uma tribo guarani, cujo cacique era admirado por sua valentia, bravura e sabedoria tanto quanto sua filha, Caá-Yari, pela beleza. Envelhecendo, o chefe índio andava triste e tinha medo de ficar só. Não tendo filho homem, precisou escolher para sucessor o mais valoroso entre os guerreiros da tribo, justo o bravo pela qual Caá-Yari estava apaixonada. Pela lei dos guaranis, a mulher do chefe da tribo tinha de acompanhá-lo em quaisquer de suas viagens, fossem caçadas, batalhas, missões de paz ou a busca de novas terras. Assim, se Caá-Yari casasse com o guerreiro escolhido para se tornar o novo cacique, muitas vezes teria que se afastar do pai. Para não o magoar, a bela índia amava seu adorado em segredo. Sua dor e angústia eram tantas, que o cacique decidiu procurar Tupã e pediu-lhe que lhe escolhesse um companheiro para as horas de solidão. Foi então apresentado a uma árvore grande, de folhas verdes, da qual retiraria, secaria e torraria as folhas, fazendo delas uma deliciosa bebida amarga e quente que se tornaria sua companhia quando ninguém estivesse por perto. Tupã também ensinou o cacique a partir o porongo (a cuia) e a fazer um canudo de taquara (a bomba).

sábado, 12 de março de 2011

CAMBONA PRIMITIVA: estas cambonas vinham da Inglaterra, com chá-da-índia. Eram feitas de cobre e possuíam a parte de baixo arredondada e sua alça era deita de arame ou de lata. Serviam para preparar alimentos, aquecer água. Tem um refrão popular, que muito bem traduz o quanto à cambona é desajeitada, virando com muita facilidade, que é: “Cambona em cima de tição, tomarás mate ou não!”

domingo, 6 de março de 2011


No sul, bolicho é uma pequena casa de comércio, mas mais que isso, é um local onde o viajante chega para retemperar com convivio humano o isolamento de uma longa jornada. Se, ao final do dia, o bolicheiro nao vender nada, mas tiver tido bastante convivio humano, é um homem feliz.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

CAVALO CRIOULO

O cavalo crioulo é uma raça de cavalos.
O cavalo crioulo se originou dos animais de sangue andaluz e berbere introduzidos no continente americano pelo aventureiro espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca nos primeiros anos após o descobrimento, mais adiante se inicia no que hoje é o Rio Grande do Sul, em 1634, criações com os equinos trazidos pelos padres jesuítas Cristóvão de Mendonça e Pedro Romero.[1]
Paralelamente as criações, alguns que foram se perdendo da comitiva de Cabeza de Vaca durante as suas campanhas na região passaram a se criar livremente nas planícies do conesul do continente americano, vivendo em estado selvagem por cerca de quatro séculos. Nesse período, as duras condições do clima acabaram criando, através da seleção natural, uma raça extremamente resistente a alta amplitude térmica, quanto à seca e à falta de alimento.
Assim como os mustangues norte-americanos, os animais que deram origem à raça crioula eram caçados e domados tanto pelos índios cavaleiros, os charruas, quanto pelos estancieiros.
Atualmente, a raça crioula está espalhada por todo o Brasil, mas especialmente no Rio Grande do Sul, onde está o principal símbolo da raça, os descendentes de La Invernada Hornero, de Uruguaiana.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A História da Música Merceditas

Merceditas, La Leyenda que Palpita
Mercedes Strickler Khalov, morreu aos 84 anos no dia 8 de julho de 2001. Terminou seus dias solteira e com muitos problemas econômicos. Faleceu na sala de Oncologia do ‘Hospital Esperanz’a de Santa Fé.”
Assim dizia a crônica jornalística quando a Argentina celebrava o dia da Independência Nacional, cinco anos atrás. Se foi a musa inspiradora de um dos maiores Hinos de Paixão já escritos. “Era de uma beleza como poucas, grandes olhos azuis transparentes, cabelo loiro como o trigal e de uma personalidade segura e livre, com fortes raízes em sua terra…”
E assim nasceu MERCEDITAS, la “leyenda que palpita”. Executada e escutada até hoje em diversas partes do mundo.
Contam que Ramón Sixto Ríos chegou a Humboldt (província de Santa Fé) como guitarrista de uma companhia teatral. Uma noite foi a um baile no ‘Salón Sarmiento’, onde havia muita gente, porém ficou deslumbrado por uma ‘gringuita’ de vestido branco.
Tudo começou com uma profunda amizade que se transformou em amor puro. Ríos, teve que voltar para Buenos Aires, porém a promessa de continuar a relação por carta. Depois de 6 meses, retorna a Santa Fé para pedir Mercedes em casamento. Ela contava com a aprovação dos pais, porém não aceitou o convite.
Meses depois a jovem estava em casa escutando rádio, quando começou a tocar um lindo chamamé que lhe chamou a atenção. Em seguida, ficou surpresa por notar frases que Ríos havia dito a ela pessoalmente.
Ramón Sixto Ríos se casou com outra mulher, ficou viúvo e voltou a pedir em casamento a musa da sua canção mais célebre. Ela, novamente disse que não.
Esta história de encontros e desencontros, deixou o sabor amargo de um amor impossível a Ríos. Para Mercedes, a proposta de um homem que quis entregar seu coração e a nós uma das melodias mais belas. Passam os anos, porém a história renasce quando escutamos MERCEDITAS.
Merceditas é um dos chamamés mais executados no Brasil. São incontáveis os grupos e cantores (mesmo de outros ritmos) que gravaram e interpretam este lindo chamamé em suas apresentações, tanto na versão em português e espanhol. “Merceditas, la leyenda que palpita”.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

MILONGA

Milonga


Milonga é um estilo de música tradicional em várias partes da América Latina e na Espanha. Deriva da habanera e da guajira cubana e flamenca, assim como o tango. É o ritmo nacional da Argentina, do Uruguay e do Rio Grande do Sul. É também conhecido por Molonga.
A milonga originou-se de uma forma de canto e dança da Andaluzia, Espanha, que, nos fins do século XIX, popularizou-se nos subúrbios de Montevidéu e Buenos Aires, nascendo assim o tango. Há versões que atribuem origem africana, tanto que defendem que o termo milonga signifaria "palavras" em Bantu.
Também são chamados milongas os bailes onde se dança o Tango e, por extensão, aos locais onde esses bailes se realizam. Tradicionalmente, numa milonga baila-se o Tango, a milonga e o vals cruzado, ou vals argentino (uma variante da valsa Vienense). Outros ritmos típicos que se podem encontrar numa milonga, são chacarera e a zamba.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

PAJADOR

Pajador é o repentista que canta seus versos de improviso com o acompanhamento de milonga, feito por guitarra. No sul do Brasil, o pajador canta seus versos em Décima Espinela (ABBAACCDDC) no estilo recitado e não se acompanha musicalmente como nos Países do Prata. Um músico de apoio executa a milonga para a pajada.
Pajador (ou payador em espanhol) quer dizer repentista. A origem da palavra não tem uma definição convencionada. Há algumas hipóteses: alguns autores afirmam que venha de "payo" nome do primitivo habitante de Castilla, outros que seria de "pago" ou "pagueador" e ainda há quem sugira que venha de "palla" nome dado pelos Quichuas aos grupos de índios que sentavam nas praças a cantar. Há quem afirme que possa vir da palavra "pajé", chefe espiritual dos índígenas, misto de sacerdote, médico e feiticeiro. Contudo ninguém sabe ao certo.
A grafia da palavra em espanhol é Payador e em português, convencionamos, Pajador, porém sua pronúncia é a mesma: PAJADOR.
O pajador foi o andejo ou gaudério que surgiu na origem do gaúcho (ou el gaucho). Cruzava os campos em busca de lonjuras, quando o sul da América tinha suas fronteiras imprecisas. Até que provem o contrário, pode-se afirmar que ele esteve em terras, hoje brasileiras, do mesmo jeito e no mesmo período em que, em uruguaias, argentinas e chilenas.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

FOGO DE CHÃO

As longas noites de inverno, nas primitivas tribos indígenas levaram os nativos a descobrir o "Fogo de Chão". Próximo de suas ocas construíam locais onde as famílias reuniam-se ao redor do fogo. As brasas incandescentes eram um verdadeiro convite para o aconchego. As lidas campeiras passaram a ser o tema central, enquanto o chimarrão corria de mão-em-mão. O "Fogo de Chão" aquecia o sentimento nativo, projetando-se o ideal campeiro do gaúcho e isso foi passado de geração para geração. A convivência galponeira é tão tradicional no Rio Grande do Sul, que numa fazenda chamada Boqueirão em São Sepé , um "Fogo de Chão" é mantido aceso há mais de duzentos anos. A fazenda Boqueirão fica no distrito de Vila Block, município de São Sepé a 260 km de Porto Alegre. A chama acesa arde constantemente num galpão com estrutura de 1818, tornando-se hoje centro de romarias nativistas e tradicionalistas.