sábado, 26 de fevereiro de 2011

CAVALO CRIOULO

O cavalo crioulo é uma raça de cavalos.
O cavalo crioulo se originou dos animais de sangue andaluz e berbere introduzidos no continente americano pelo aventureiro espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca nos primeiros anos após o descobrimento, mais adiante se inicia no que hoje é o Rio Grande do Sul, em 1634, criações com os equinos trazidos pelos padres jesuítas Cristóvão de Mendonça e Pedro Romero.[1]
Paralelamente as criações, alguns que foram se perdendo da comitiva de Cabeza de Vaca durante as suas campanhas na região passaram a se criar livremente nas planícies do conesul do continente americano, vivendo em estado selvagem por cerca de quatro séculos. Nesse período, as duras condições do clima acabaram criando, através da seleção natural, uma raça extremamente resistente a alta amplitude térmica, quanto à seca e à falta de alimento.
Assim como os mustangues norte-americanos, os animais que deram origem à raça crioula eram caçados e domados tanto pelos índios cavaleiros, os charruas, quanto pelos estancieiros.
Atualmente, a raça crioula está espalhada por todo o Brasil, mas especialmente no Rio Grande do Sul, onde está o principal símbolo da raça, os descendentes de La Invernada Hornero, de Uruguaiana.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A História da Música Merceditas

Merceditas, La Leyenda que Palpita
Mercedes Strickler Khalov, morreu aos 84 anos no dia 8 de julho de 2001. Terminou seus dias solteira e com muitos problemas econômicos. Faleceu na sala de Oncologia do ‘Hospital Esperanz’a de Santa Fé.”
Assim dizia a crônica jornalística quando a Argentina celebrava o dia da Independência Nacional, cinco anos atrás. Se foi a musa inspiradora de um dos maiores Hinos de Paixão já escritos. “Era de uma beleza como poucas, grandes olhos azuis transparentes, cabelo loiro como o trigal e de uma personalidade segura e livre, com fortes raízes em sua terra…”
E assim nasceu MERCEDITAS, la “leyenda que palpita”. Executada e escutada até hoje em diversas partes do mundo.
Contam que Ramón Sixto Ríos chegou a Humboldt (província de Santa Fé) como guitarrista de uma companhia teatral. Uma noite foi a um baile no ‘Salón Sarmiento’, onde havia muita gente, porém ficou deslumbrado por uma ‘gringuita’ de vestido branco.
Tudo começou com uma profunda amizade que se transformou em amor puro. Ríos, teve que voltar para Buenos Aires, porém a promessa de continuar a relação por carta. Depois de 6 meses, retorna a Santa Fé para pedir Mercedes em casamento. Ela contava com a aprovação dos pais, porém não aceitou o convite.
Meses depois a jovem estava em casa escutando rádio, quando começou a tocar um lindo chamamé que lhe chamou a atenção. Em seguida, ficou surpresa por notar frases que Ríos havia dito a ela pessoalmente.
Ramón Sixto Ríos se casou com outra mulher, ficou viúvo e voltou a pedir em casamento a musa da sua canção mais célebre. Ela, novamente disse que não.
Esta história de encontros e desencontros, deixou o sabor amargo de um amor impossível a Ríos. Para Mercedes, a proposta de um homem que quis entregar seu coração e a nós uma das melodias mais belas. Passam os anos, porém a história renasce quando escutamos MERCEDITAS.
Merceditas é um dos chamamés mais executados no Brasil. São incontáveis os grupos e cantores (mesmo de outros ritmos) que gravaram e interpretam este lindo chamamé em suas apresentações, tanto na versão em português e espanhol. “Merceditas, la leyenda que palpita”.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

MILONGA

Milonga


Milonga é um estilo de música tradicional em várias partes da América Latina e na Espanha. Deriva da habanera e da guajira cubana e flamenca, assim como o tango. É o ritmo nacional da Argentina, do Uruguay e do Rio Grande do Sul. É também conhecido por Molonga.
A milonga originou-se de uma forma de canto e dança da Andaluzia, Espanha, que, nos fins do século XIX, popularizou-se nos subúrbios de Montevidéu e Buenos Aires, nascendo assim o tango. Há versões que atribuem origem africana, tanto que defendem que o termo milonga signifaria "palavras" em Bantu.
Também são chamados milongas os bailes onde se dança o Tango e, por extensão, aos locais onde esses bailes se realizam. Tradicionalmente, numa milonga baila-se o Tango, a milonga e o vals cruzado, ou vals argentino (uma variante da valsa Vienense). Outros ritmos típicos que se podem encontrar numa milonga, são chacarera e a zamba.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

PAJADOR

Pajador é o repentista que canta seus versos de improviso com o acompanhamento de milonga, feito por guitarra. No sul do Brasil, o pajador canta seus versos em Décima Espinela (ABBAACCDDC) no estilo recitado e não se acompanha musicalmente como nos Países do Prata. Um músico de apoio executa a milonga para a pajada.
Pajador (ou payador em espanhol) quer dizer repentista. A origem da palavra não tem uma definição convencionada. Há algumas hipóteses: alguns autores afirmam que venha de "payo" nome do primitivo habitante de Castilla, outros que seria de "pago" ou "pagueador" e ainda há quem sugira que venha de "palla" nome dado pelos Quichuas aos grupos de índios que sentavam nas praças a cantar. Há quem afirme que possa vir da palavra "pajé", chefe espiritual dos índígenas, misto de sacerdote, médico e feiticeiro. Contudo ninguém sabe ao certo.
A grafia da palavra em espanhol é Payador e em português, convencionamos, Pajador, porém sua pronúncia é a mesma: PAJADOR.
O pajador foi o andejo ou gaudério que surgiu na origem do gaúcho (ou el gaucho). Cruzava os campos em busca de lonjuras, quando o sul da América tinha suas fronteiras imprecisas. Até que provem o contrário, pode-se afirmar que ele esteve em terras, hoje brasileiras, do mesmo jeito e no mesmo período em que, em uruguaias, argentinas e chilenas.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

FOGO DE CHÃO

As longas noites de inverno, nas primitivas tribos indígenas levaram os nativos a descobrir o "Fogo de Chão". Próximo de suas ocas construíam locais onde as famílias reuniam-se ao redor do fogo. As brasas incandescentes eram um verdadeiro convite para o aconchego. As lidas campeiras passaram a ser o tema central, enquanto o chimarrão corria de mão-em-mão. O "Fogo de Chão" aquecia o sentimento nativo, projetando-se o ideal campeiro do gaúcho e isso foi passado de geração para geração. A convivência galponeira é tão tradicional no Rio Grande do Sul, que numa fazenda chamada Boqueirão em São Sepé , um "Fogo de Chão" é mantido aceso há mais de duzentos anos. A fazenda Boqueirão fica no distrito de Vila Block, município de São Sepé a 260 km de Porto Alegre. A chama acesa arde constantemente num galpão com estrutura de 1818, tornando-se hoje centro de romarias nativistas e tradicionalistas.